História

Palmeiras X Santos: Clássico da Saudade

O futebol brasileiro é palco de rivalidades épicas, mas poucas transcendem o tempo e as gerações como o confronto entre Palmeiras e Santos. Conhecido como o “Clássico da Saudade”, essa batalha entre dois gigantes do estado de São Paulo carrega uma rica história de 106 anos, repleta de emoções, rivalidades intensas e momentos inesquecíveis.

Neste artigo, exploraremos a fundo essa rivalidade única, mergulhando nas origens, marcos históricos e curiosidades que fazem do Palmeiras X Santos um espetáculo futebolístico inigualável.

Origens do Clássico da Saudade e primeiro encontro: 1915

O palco estava armado em 3 de outubro de 1915, quando o Palestra Itália, precursor do Palmeiras, e o Santos se encontraram pela primeira vez.

Naquela época, o Palestra buscava uma vaga no Campeonato Paulista de 1916 e enfrentou o desafio de derrotar o Santos, então considerado um dos melhores times do estado. O resultado, no entanto, foi desfavorável para o Palestra, que sofreu uma derrota por 7 a 0, marcando o início de uma rivalidade que transcenderia décadas.

O apelido “Clássico da Saudade”

Contrariamente ao que muitos imaginam, o termo “Clássico da Saudade” não foi cunhado imediatamente após o primeiro encontro. Esse apelido surgiu na década de 1960, durante o auge da rivalidade, impulsionado pelas atuações de Pelé pelo Santos e Ademir da Guia pelo Palmeiras.

Essa era de ouro do clássico, repleta de emoções e lances memoráveis, solidificou o título, que ressoa até os dias de hoje.

Dados e números: uma rivalidade de 330 encontros

Ao longo de 106 anos, Palmeiras e Santos se enfrentaram em 330 ocasiões. Essa rica história de confrontos viu o Palmeiras emergir como vencedor em 138 dessas batalhas, enquanto o Santos conquistou 105 vitórias. Os 87 empates atestam para a equidade e imprevisibilidade desse clássico tão especial.

Maiores goleadas no Clássico da Saudade: do 8 a 0 ao 7 a 1

As goleadas são parte integrante da intensidade desse confronto. Em 1932, o Palmeiras aplicou uma histórica goleada de 8 a 0 sobre o Santos, estabelecendo-se como a maior vitória na história do Clássico da Saudade.

No entanto, o Santos respondeu em 1965 com uma vitória por 7 a 1, provando que a rivalidade é permeada por reviravoltas e momentos surpreendentes.

Artilheiros: Pelé e Heitor

No campo individual, Pelé, ícone do Santos, detém o posto de maior artilheiro do clássico, com 32 gols marcados. Do lado palmeirense, Heitor é o protagonista, contribuindo com 13 gols ao longo desses encontros memoráveis.

Finais e confrontos decisivos: capítulos épicos

A história do Palmeiras X Santos é pontuada por finais e confrontos decisivos que capturam a essência do futebol brasileiro.

Em 7 finais distintas, abrangendo competições como Campeonato Paulista, Torneio Estado de São Paulo, Torneio Início Paulista e Copa do Brasil, esses gigantes se enfrentaram em uma série de embates épicos.

Dessas finais, o Santos levou a taça em 4 ocasiões, enquanto o Palmeiras ergueu o troféu em 3 momentos cruciais.

Curiosidades do Clássico da Saudade: momentos inesquecíveis

Detendo o ataque dos 100 gols:

Em 1927, o Santos possuía um ataque que marcou 100 gols em uma única edição do Paulistão. Contudo, foi o Palmeiras que parou esse ataque avassalador, vencendo a equipe santista por 3 a 2 na final.

O apelido “Porco”:

Inicialmente considerado uma ofensa pelos palmeirenses, o apelido “porco” ganhou aceitação e carinho após uma vitória no Clássico da Saudade em 1986.

Palmeiras na Era Pelé:

Na era de Pelé, quando muitos títulos pareciam destinados ao Santos, o Palmeiras se destacou como o único time a “roubar” algumas taças do Paulistão, como em 1959, 1963 e 1966.

Partida com mais gols no Clássico da Saudade:

Em 6 de março de 1958, a partida com mais gols aconteceu, com o Santos vencendo o Palmeiras por incríveis 7 a 6.

Palmeiras X Santos nos éstádios: do Palestra Itália ao Allianz Parque

Os estádios servem como testemunhas dos embates épicos entre Palmeiras e Santos. Do antigo Palestra Itália ao moderno Allianz Parque, esses campos viram, portanto, a história desenrolar-se diante dos olhos dos torcedores.

Vila Belmiro: o lendário estádio do Santos, a “Vila mais famosa do mundo”, foi palco de 108 confrontos, sendo o mítico cenário onde se realizaram mais jogos do Clássico da Saudade.

Pacaembu: O Estádio do Pacaembu, com 79 clássicos disputados em seu gramado, foi especialmente importante durante a época de ouro, quando Pelé e Ademir da Guia encantavam multidões.

Estádio Palestra Itália e Allianz Parque: Quando o mando de campo é alviverde, o clássico se desenrolava no Estádio Palestra Itália, também conhecido como Parque Antarctica, onde ocorreram 66 partidas. A partir de 2014, o novíssimo Allianz Parque tornou-se o palco moderno para esse duelo de titãs.

Estádio do Morumbi: Dada a magnitude e as numerosas torcidas envolvidas, o Estádio do Morumbi muitas vezes acolheu as decisões e jogos mais importantes, incluindo, portanto, a última partida decisiva nas semifinais do Campeonato Paulista de 2000.

O Clássico da Saudade na atualidade: final da Libertadores e além

O Clássico da Saudade continua a evoluir, transcendendo o tempo e permanecendo, portanto, relevante na atualidade. Em 2022, o confronto completou 107 anos de história, e as equipes se preparam para um novo capítulo histórico: a final da Copa Libertadores.

O Palmeiras, com uma trajetória gloriosa, busca adicionar mais um título à sua coleção, enquanto o Santos, com sua tradição vitoriosa, almeja eternizar-se como campeão continental.

Este clássico, que já viu tantos capítulos épicos, promete mais uma noite de emoções intensas, escrevendo um novo episódio na saga do “Clássico da Saudade”.

Uma rivalidade do Clássico da Saudade que perdura no tempo

Palmeiras X Santos: Clássico da Saudade é mais do que uma simples rivalidade futebolística; é uma narrativa que se desenrola ao longo de gerações, repleta, portanto, de momentos que ficam gravados na memória dos torcedores.

Da primeira partida em 1915 à final da Libertadores em 2022, essa rivalidade única é uma celebração do esporte, da paixão dos torcedores e da rica história do futebol brasileiro.

Que o Clássico da Saudade continue a emocionar e inspirar as gerações futuras, mantendo-se como uma das maiores rivalidades do futebol mundial.

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